sexta-feira, 13 de maio de 2011

A felicidade?
   Saiu de férias e não quer mais voltar.
O cupido?
   Dormiu e esqueceu a sua obrigação.
A sorte?
   Pediu demissão.
A motivação?
   Está murcha, como a rosa fica quando
   não recebe os devidos cuidados.
A tristeza?
   Pediu-me hospedagem.
A solidão?
   Sentiu-se só e pediu a minha companhia.
A insegurança?
   Ficou com medo e pediu a minha proteção.
A esperança?
   Pediu hospedagem, companhia e proteção,
   e me disse que não vai embora tão cedo.
   Disse-me que só vai embora quando a felicidade voltar,
   quando o cupido acordar, quando a sorte se readmitir
   e quando a motivação reflorescer.
Feliz insanidade.
Feliz sorte infortuna,
feliz felicidade não aparente.

Tenho que comemorar esses meus devaneios
tentando enganar a mim mesma.
Preciso fazer piadas das minhas tristes aventuras,
pois só assim poderei tirar algo de bom.

Tento esquecer a tristeza sorrindo,
sorrindo, pois o sol apareceu e
sorrindo por ter pessoas que me motivam,
sendo elas amigas ou inimigas.

Necessito da motivação.
Tento motivar o meu eu:
“Caiu? Levanta!
Doeu? Sangrou? Calma, irá cicatrizar!
Ficou triste? Escute uma música
e dê muitas risadas!
Sentiu-se só? Olhe para o lado,
pois os verdadeiros amigos irão aparecer!
Desmotivou? Erga a cabeça,
pois o amanhã será melhor!”

E assim percebo que essa tentativa acaba sendo
a busca da tão sonhada:
F-E-L-I-C-I-D-A-D-E!